Nesta terça-feira (01/04), o programa “O Povo na TV”, transmitido pelo YouTube e TV Futuru apresentado pelo jornalista Paulo Santana, trouxe à tona uma grave acusação envolvendo os prefeitos Pedro Henrique, de Pedra Grande, e Aize Bezerra, de João Câmara. O programa recebeu os entrevistados André Luiz da Rocha e João Edson, que expuseram uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) em andamento na 52ª Zona Eleitoral de São Bento do Norte.

As Denúncias

Segundo André Luiz, a investigação apura um suposto esquema de caixa 2, no qual o prefeito Pedro Henrique teria favorecido financeiramente a campanha eleitoral de Aize Bezerra em 2024. Os denunciantes apontam que esse apoio envolveu recursos públicos e possíveis irregularidades no orçamento de Pedra Grande.

Uma das irregularidades citadas seria o aumento salarial de uma servidora pública, Irandy Angélica Moura Aguiar Chaves, que, segundo João Edson, recebia R$ 6 mil e teve seu salário dobrado para R$ 12 mil em 2024, ano eleitoral. Atualmente, Irandy ocupa o cargo de chefe da Procuradoria do Município de João Câmara e recebe um salário compatível com o valor denunciado, o que pode ultrapassar R$ 17 mil somando os vencimentos de João Câmara e Pedra Grande. A Justiça Eleitoral veda aumentos salariais desse tipo em anos eleitorais, o que levanta suspeitas sobre um possível abuso de poder econômico.

Eventos e Recursos Suspeitos

Os denunciantes também citaram um evento chamado “Verão da Gente”, supostamente financiado com recursos que teriam sido desviados para fortalecer o grupo político de Aize Bezerra. André Luiz destacou que, durante o evento, o PSDB do Mato Grande já consolidava apoio à então pré-candidata Aize.

Outro ponto levantado é um empréstimo de R$ 10 milhões feito pela Prefeitura de Pedra Grande junto à Caixa Econômica Federal para a conclusão de 14 obras na cidade. No entanto, segundo os denunciantes, essas obras estão paradas há mais de um ano e os recursos não tiveram sua destinação esclarecida. A oposição na Câmara Municipal de Pedra Grande solicitou acesso aos extratos bancários do município para investigar o paradeiro desse dinheiro.

Acusação de Caixa 2

Os entrevistados também alegaram que haveria indícios de doações não declaradas à Justiça Eleitoral, estimadas em R$ 1 milhão. Alegam ainda que houve abastecimento irregular de veículos em um posto de combustível na localidade de Queimadas, o que poderia configurar caixa 2.

Consequências Políticas

A denúncia surge a poucos dias da marca dos 100 dias do governo de Aize Bezerra e promete impactar o cenário político de João Câmara e região. Caso as acusações sejam confirmadas, a gestão da prefeita pode enfrentar processos judiciais que comprometam sua permanência no cargo.

A reportagem segue acompanhando o desenrolar das investigações e buscará ouvir os envolvidos para garantir o contraditório.

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